Domingo: o sossego neste Hospital. A mãe e a tia Guida chegaram cedinho, tanto que eu ainda dormia, depois de uma noite sossegada sem palas, “apenas” com luvas e fita adesiva a prender.
Mas hoje tenho umas coisinhas aqui para esclarecer convosco. Bem sabem que já me chamaram de “enguia”, “terrorista”, “terror” e “reguila”. Mas não sabem vocês que muitas mais vezes já me chamaram de “simpático”, “bem-disposto” e "comilão"! Ora bem, se achavam que eu era apenas um irrequieto espertalhão, muito se enganaram. Fica desde já aqui esclarecido.
Na hora do almoço, o meu pai desceu para o refeitório para almoçar, e a minha mãe ficou comigo. Depois ele veio e foi ela, junto com a minha tia. Eles não podem almoçar/jantar comigo e, como são acompanhantes, vão comer ao refeitório. A minha mãe leva uma senha e não paga nada pois, como é dadora de sangue, fica isenta. O meu pai paga o almoço dele.
Já percebi que a minha estadia por aqui está a terminar… Vou ver se me porto bem para não fazer estragos e poder sair na data prevista (segunda-feira, sete dias depois…).
Assim sendo, vou aproveitar para agradecer a todas as sras. enfermeiras e respectivas auxiliares que cuidaram de mim, sempre com um sorriso simpático apesar das minhas traquinices. Deixo, igualmente, um beijinho aos meus vizinhos desta ala que me vieram visitar ao quarto ou que, pelo corredor, meteram conversa comigo. Agradeço também aos meus papás que tiveram que me acompanhar... que choraram e sorriram comigo! Obrigado a todos!