Às 8 da manhã, dei sinal de que estava acordado. Fiz toda a gente se levantar e lá começámos o dia. Tomei o meu pequeno almoço e os meus pais logo a seguir.
Eles tinham pensado em levar-me à Serra da Estrela, tendo em conta que o exame seria só à tarde, mas receberam um telefonema a perguntar a que horas eu tinha comido da última vez (gente curiosa, esta! A querer saber da minha vida…). Mas a minha mãe não se importou em responder e disse-lhes que tinha mamado às 8h. Então disseram que lá fosse fazer os tais exames às 12h30, pois tinham uma vaga para mais cedo. Não imaginava eu que iria ficar sem comer até àquela hora. Ai, gente cruel, que deixa um bebé sem comer por tanto tempo!
Bem, às 13h decidi adormecer, já que comida nem vê-la! Um pouco depois, quando abri os olhos, já estava deitado e com uns senhores com cara de médicos a olharem para mim. Mesmo com sono, dei-lhes um sorriso. Já sabem como sou!
Em todo o lugar se encontra gente traiçoeira, e eles não esperaram muito para, depois de sorrirem para mim, me colocarem uma máscara na cara, que eu tentei lamber! Pensei que era comida, o que é que querem?
Qual comida, qual carapuça! Aquilo era antes uma anestesia que me pôs a dormir novamente. Não senti nada, mas lá me fizeram uma TAC e uma Ressonância Magnética.
Quando acordei, com uma moleza desgraçada, estava deitado numa cama com os meus pais à minha frente. Fiquei contente por vê-los mas rabujei, pois agora queria a tão esperada comidinha. E ela lá veio, em forma de maminhas. Hum, que bom!