De manhã cedo, tive a visita de umas palhaças muito engraçadas que até me fizeram soltar umas gargalhadas! Gostei! J Os meus pais, já que não me deixam andar pelo chão, nem a andar nem a gatinhar, levaram-me para a sala de actividades onde tem muitos brinquedos. Tem uns muito fixes!
À tarde, comecei a sentir uma comichão e um calor na cabeça. E, como qualquer pessoal normal, tentei tirar aquilo que me incomodava. Puxei aquele embrulho da cabeça mas os meus pais não me deixavam puxar. Fiquei muito aborrecido, pois em vez de me ajudarem a tirar aquilo da cabeça (o penso “turbante”), ainda me afastavam a mão.
Levaram-me para a enfermaria e fizeram um reforço nas ligaduras. Em dois segundos, empurrei aquelas fitas adesivas novas para cima e pronto, já ficou mais fresquinho. Não gostaram do que fiz a voltei a ser enfaixado, desta vez até me passaram a fita pelo pescoço, a ver se eu não conseguia empurrar o curativo cabeça acima.
- Ai sras. Enfermeiras, vocês não me conhecem…
Umas horas depois, voltei ao ataque e ameacei tirar aquilo tudo outra vez. Reforçaram o meu penso tantas vezes, sem efeito, que depois lá veio uma senhora enfermeira com mais um desafio para mim: umas talas, para me colocar à volta dos braços, para não os conseguir dobrar e, por isso, não chegar com as minhas mãos à cabeça!
Safados, não haviam de me arranjar mais nada para massacrar a paciência! Enfim, ainda não consegui por as mãos à cabeça… mas esta noite vou ver se arranjo maneira de tirar aquilo… Quando pensarem que estou a dormir, vão ver!…