No último fim-de-semana fui a Coimbra, como já vos tinha anunciado antes.
Viajei no domingo com o meu papá e a minha mamã. Chegámos à Pensão, em Coimbra, já era quase noite. Fui recebido com um grande sorriso pela sra. cozinheira, aquela que fazia comidinha que eu sempre gostava. E desta vez não foi exceção - comi tudinho e até me esqueci da infeção na garganta, para a qual andava a tomar um antibiótico docinho.
Dormi no quarto do costume, no berço habitual. Dormi bem!
No dia seguinte, rumámos ao Hospital dos Covões, onde fui recebido pela Terapeuta M*****, pois a Daniela estava doente e não veio ver-me. Que pena... não sei se lhe perdoo tamanho desprezo pelo seu educando, que veio da Madeira propositadamente para vê-la e matar saudades. O que me valeu foi a simpatia da outra sra. terapeuta, que fez umas brincadeiras com objetos. Fiz direitinho quase tudo o que ela me pediu. O que não fiz ou disse... foi que não me apeteceu, e algumas foi que não entendi bem.
Depois da avaliação de "muito bem" da Terapeuta, fui à Programação e aí não gostei nada. Mandaram-me uns barulhos aguçados para dentro da minha cabeça e chorei, claro! Queriam que fizesse um jogo de condicionamento, aquele de que não tinha saudades nenhumas, mas com aquele choque sonoro a picar-me a cabeça, não quis fazer jogo nenhum. Ainda assim, conseguiram perceber que eu estava a ouvir... e bem ;) Ufa!
No dia seguinte, fui ao Pediátrico, como podem ver no vídeo, filmado no Parque Infantil do Hospital. Primeiro, passei pela Enfermagem e fiz um estrebuchamento para me pesar e medir a altura. Depois, passei pela Psicóloga e brinquei à solta por lá: mexi e remexi, folheei e risquei, sorri e escondi... Conclusão: estou "muito bem" para a idade!
Daí a pouco, fui à amabilíssima Pediatra Te****, que também por lá tinha uns brinquedos. Ela quis ascultar-me o coração mas não achei muita piada. Depois gostei quando ela deu o avalo final: "O Lucas não está bem, está "muito bem". Em termos de desenvolvimento global, até um pouco acima da média!" Suponho que isto significa que eu sou esperto, né? Modéstia à parte, penso que já todos o desconfiavam! :)
Para começar a terminar esta manhã preenchida, fomos todos à Consulta de Genética Médica, com a Dra. C******, que fez uma séria de perguntas aos meus pais. Ainda bem que não me fez nenhuma a mim, pois já estava farto de lá estar, com um pouco de fome e muito sono. Não me largaram enquanto não me picaram o braço e tiraram uma colheita de sangue. Do que percebi, querem saber se o meu sangue diz que sou surdo. Coisa estranha, hein?
Bem, e para terminar o meu relato, deixo aqui mais umas novas aquisições: "oá" (olá), eixa (fecha), ábô (acabou), xáá (xau), ácha (bolacha), aú (luz), ali (ali), vôvô (avô); vovó (avó), tiii (tira), tio (tio), tia (tia)... e para já é o que me lembro!